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terça-feira, junho 29, 2010

Novo reator para a Medicina Nuclear


O Brasil pode alcançar a autossuficiência na produção de radioisótopos, principalmente de radiofármacos, a partir da construção do reator multipropósito (RMB). O projeto vem sendo desenvolvido há mais de um ano pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen). 

A ideia é iniciar a construção do reator em 2011, para a entrada em funcionamento no prazo de seis anos, disse à Agência Brasil o presidente da Cnen, Odair Gonçalves. Segundo ele, a crise mundial deflagrada com a parada dos reatores canadense e holandês, no ano passado, retirou do mercado 60% da produção de radiofármacos, o que causou prejuízos na área da saúde.

“Foi uma crise que afetou bastante o Brasil, porque o Canadá respondia por 40% do mercado mundial e a Holanda por 30%. Os dois países saíram do mercado e mantiveram cerca de 10%. Ou seja, nós tivemos retirados do mercado 60% da produção”. O Brasil sofreu menos que outros países devido à parceria com a Argentina, que passou a fornecer um terço da necessidade brasileira. Atualmente, o Brasil tem mais um terço sendo fornecido pela África do Sul, disse Gonçalves.

Para o presidente da Cnen, apesar do país ter todo o mercado atendido, essa não é uma situação estável. “A situação, realmente, só vai se tornar estável quando a gente conseguir construir o nosso reator”.
O reator multipropósito brasileiro vai funcionar no novo instituto da Cnen, que será construído no município de Iperó (SP), em área vizinha ao Centro Experimental Aramar, responsável pelo desenvolvimento de pesquisas nucleares da Marinha.

Os dois objetivos principais do RMB são a produção de radiofármacos e testes de materiais. “Fora isso, ele vai produzir outros radioisótopos que poderão ser usados na agricultura. E vai também ter um feixe de neutrons para pesquisas básicas”, disse.
O Brasil tem quatro reatores de pesquisa. Gonçalves destacou, entretanto, que “nenhum deles é adequado para a produção de molibdênio, o radiofármaco usado pelo setor médico, porque os feixes de neutrons são muito baixos. São fracos os feixes”.

O projeto tem custo final estimado de R$ 850 milhões, ou o equivalente a US$ 500 milhões. Este ano, o Ministério da Ciência e Tecnologia liberou para o projeto verba de R$ 5 milhões dentro do orçamento próprio e do fundos de suporte à pesquisa. Além disso, o ministério destinou uma dotação específica de R$ 50 milhões para o projeto básico.

O presidente da Cnen afirmou que existe a possibilidade de uma parceria com a Argentina para viabilizar o projeto. “De qualquer maneira, a construção propriamente do reator tem que ser encomendada fora [do país]. Porque nós não temos experiência nessa área”. Para Gonçalves, essa participação no exterior poderá se realizar por meio de contrato de cooperação e esclareceu que a parceria com a Argentina precisa ser bem entendida. “Não é a parceria de dois países para construir um reator. A parceria é no desenvolvimento de projetos etc. Mas, o reator é feito no Brasil e vai ser operado pelo Brasil. Então, nesse caso, não é um reator bilateral. É um reator brasileiro”.

Segundo Odair Gonçalves, a Argentina tem interesse também em desenvolver um reator do mesmo tipo. Por isso, ele avaliou que se os dois países puderem ter o mesmo projeto e dividirem os custos da construção, isso pode diminuir os gastos com o projeto.


Fonte: Correio Braziliense

Uma única dose de radioterapia trata câncer de mama


Uma única dose de radioterapia, aplicada logo após a retirada do tumor, é tão eficaz contra o câncer de mama quanto o tratamento convencional, feito em 30 sessões externas

A conclusão é de um estudo que envolveu 2.232 mulheres com câncer ductal invasivo (o mais comum) submetidas à cirurgia conservadora da mama. Elas tinham, em média, 63 anos, e 86% dos tumores tinham menos de 2 cm (estágio inicial). Os resultados foram publicados no "Lancet".
Segundo os autores do estudo, da University College London, na Inglaterra, 90% das recorrências do câncer são no mesmo quadrante de onde o tumor é retirado -por isso, uma só sessão após a cirurgia seria eficiente.
As mulheres foram divididas em dois grupos: parte recebeu radioterapia intraoperatória em dose única e parte fez radioterapia externa convencional, de frações diárias durante cinco semanas. Todas foram acompanhadas por quatro anos.
As taxas de recorrência do tumor foram similares: seis no primeiro grupo e cinco no segundo. Além disso, a radiação intraoperatória foi menos tóxica para as pacientes. 


"Os resultados são encorajadores. A intenção da dose única é evitar que a mulher receba radioterapia externa, pois há menos efeito colateral [já que a radiação é localizada, protegendo os tecidos saudáveis]", diz Maria Aparecida Conte Maia, diretora do serviço de radioterapia do Hospital A.C.Camargo.


Maia testa a técnica há cinco anos no hospital -mais de cem mulheres já receberam o tratamento localizado.
"A dose aplicada é uma paulada, o equivalente a 30 dias de radioterapia convencional. Mesmo assim, os nossos resultados mostram que há beneficios", afirma. 

SELECIONADAS

 O método não é indicado para todas as mulheres com câncer de mama. Ele é restrito para aquelas com tumor único, em estágio inicial (menos de 3 cm) e que não tenha atingido as axilas. "O método não aumenta a curabilidade nem o controle local da doença", pondera Eduardo Weltman, coordenador da radioterapia do hospital Albert Einstein.
Célia Viegas, subchefe do serviço de radioterapia do Inca (Instituto Nacional de Câncer), é cautelosa ao avaliar os resultados. 

"A técnica ainda é experimental e não está disponível em larga escala no Brasil." 


Fonte: EXPRESSOMT

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segunda-feira, junho 28, 2010

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Método: A Distância 
Telefone: (85) 3253-7050 
Endereço eletrônico: http://www.fateci.com.br/

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Telefone: (61) 3878-3100 
Endereço eletrônico: http://www.unidesc.edu.br/

Curso: Pós-Graduação em Radioterapia 
Local: Fortaleza-CE 
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Telefone: (85) 3253-7050 
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Telefone: (61) 3035-9500 
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terça-feira, junho 15, 2010

Médicos tentam diminuir risco de exposição de pacientes a radiação


Médicos estão criando programas de computador para reduzir ou controlar a exposição dos pacientes à radiação em tomografias computadorizadas. Uma tomografia do peito expõe a pessoa a um nível de radiação cem vezes maior do que um raio-X. 

 Aaron Sodickson, radiologista do Brigham and Women's Hospital de Boston (EUA), fez um programa que mede os riscos a que os pacientes estão sujeitos durante o exame e faz um alerta. Um outro hospital, em Massachusetts, está fazendo um programa para evitar exames desnecessários, por meio de uma série de perguntas que o médico deve responder sobre os sintomas do paciente antes de pedir a tomografia.
Um grupo de Nova York criou um sistema que guarda informações do exame, para que o paciente saiba a quanta radiação foi exposto na vida. 


Fonte: Folha Online

segunda-feira, junho 14, 2010

1 Vaga para Tecnólogo no Rio de Janeiro

A Fundação Mudes está oferecendo 335 vagas de estágio para o Rio de Janeiro, 1 delas de Tecnólogo em Radiologia. Para mais informações ligue para (21) 3094-1181 ou entre no site da instituição: http://www.mudes.org.br/.




terça-feira, junho 08, 2010

Revisão de Física - Radiação X


3ª aula de revisão para provas e concursos das matérias aprendidas nos cursos de Tecnólogo em Radiologia.

Radiação X

Existe duas formas de raios X, dependendo do tipo de interação entre elétrons e o alvo.

1) Radiação de Freamento

O processo envolve um elétron passando bem próximo a um núcleo do material alvo. A atração entre o elétron carregado negativamente e o núcleo positivo faz com que o elétron seja desviado de sua trajetória perdendo parte de sua energia. Esta energia cinética perdida é emitida na forma de raios X, que é conhecido como bremsstrahlung (braking radiation) ou radiação de freamento. 


Dependendo da distância entre a trajetória do elétron incidente e o núcleo, o elétron pode perder parte ou até toda sua energia. Isto faz com que os raios X de freamento tenham diferentes energias, desde valores baixos até a energia máxima que é igual a energia cinética do elétron incidente. Por exemplo, um elétron com energia de 70 keV pode produzir raios X de freamento com energia entre 0 e 70 keV.

A diminuição acentuada dos fótons de baixa energia se dá pela própria estrutura que produz a radiação. A interação entre os elétrons lançados e os átomos do alvo ocorre alguns milímetros dentro do alvo. Esses fótons devem, então, atravessar o material em que foram produzidos para serem, por exemplo, direcionados contra o paciente a fim de obter-se uma imagem radiográfica. Acontece que durante o caminho dentro do material, os fótons são auto-atenuados. Assim, o alvo que produz a radiação é o mesmo que ajuda a eliminá-la.





2) Raios X Característicos

Esse processo envolve uma colisão entre o elétron incidente e um elétron orbital ligado ao átomo no material do alvo. O elétron incidente transfere energia suficiente ao elétron orbital para que seja ejetado de sua órbita, deixando um "buraco". Esta condição instável é imediatamente corrigida com a passagem de um elétron de uma órbita mais externa para este buraco. Esta passagem resulta numa diminuição da energia potencial do elétron, e o excesso de energia é emitido como raios X. 


Este processo de "enchimento" pode ocorrer numa única onda eletromagnética emitida ou em transições múltiplas (emissão de vários raios X de menor energia). Como os níveis de energia dos elétrons são únicos para cada elemento, os raios X decorrentes deste processo também são únicos e, portanto, característicos de cada elemento (material). Daí o nome de raios X característico.

Para os exames radiográficos, interessa a retirada de um dos dois elétrons da camada K. O átomo escolhido para alvo é que define a energia emitida, pois cada átomo possui níveis de energia definidos para a camada K, dependendo do seu número atômico. Por fim, dependendo de que camada vem o elétron que ocupa a lacuna deixada na camada K, tem-se níveis de radiação diferenciados.

Cada material emite um nível definido de radiação característica, dependendo de seu número atômico, como são os casos do tungstênio (radiologia convencional) e molibdênio (mamografia), que possuem radiações características da ordem de 70 keV e 20 keV, respectivamente.


Fonte: Nós e as Radiações, Flávio Augusto P. Soares e Henrique Batista M. Lopes - Radiodiagnóstico Fundamentos Físicos (com adaptações).