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quarta-feira, outubro 06, 2010

Câmara busca mais um acelerador linear para radioterapia em SC

A aquisição de mais um acelerador linear para o tratamento de câncer por radioterapia no Hospital São José, em Criciúma-SC, é a próxima bandeira a ser defendida pelos vereadores da Câmara de Criciúma. O assunto foi discutido no fim de setembro deste ano.

De acordo com o vereador José Argente Filho (PMDB), em função da discussão realizada com profissionais da instituição, foi constatado que mais de 150 pessoas estão à espera de tratamento do câncer por radioterapia.
 
O vereador Vanderlei Zilli (PMDB) argumentou no plenário que já existe uma emenda parlamentar que destina verbas para a aquisição do segundo acelerador linear para o São José. O problema é a demora. “Enquanto ele não chega, novos pacientes precisam esperar até 45 dias para começar o tratamento”.
 
O presidente da Casa, Edison do Nascimento, tenta agendar uma audiência em Brasília. “Nós mobilizamos dois deputados federais, mas estamos tendo algumas dificuldades em função das eleições. Existe um compromisso há mais de nove meses para a liberação deste acelerador linear. Queremos envolver peso político para saber os motivos da demora e, principalmente, conseguir a instalação do equipamento”, garantiu Edinho.


Fonte: Portal Clicatribuna (com adaptações)

Cresce a contribuição da medicina nuclear na luta contra o câncer de mama

Ao mesmo tempo em que cresce a assistência integral direcionada aos pacientes oncológicos, aumenta a importância do médico nuclear no diagnóstico, no estadiamento e no tratamento da doença. Dr. Rodrigo Guimarães Furtado, especialista do Grupo Núcleos, afirma: “A abordagem do câncer de mama é multidisciplinar. É impensável diagnosticar e tratá-lo sem a integração entre o radiologista, o mastologista, o patologista, o oncologista e o médico nuclear”. Nesse tipo de tumor, a cirurgia radioguiada e a cintilografia óssea são procedimentos fundamentais.

A cirurgia radioguiada permite a detecção e a localização precisa de tumores de mama não palpáveis. O paciente recebe uma injeção com preparo radioativo que, em contato com a lesão, a torna detectável por um aparelho sensível à radiação – chamado Gama-Probe. Dr. Rodrigo esclarece que a radiação utilizada é mínima e altamente segura. “O radiofármaco é retirado do corpo durante a cirurgia”, complementa. O exame permite maior precisão na localização intra-operatória de lesões suspeitas.

Outro procedimento cirúrgico com o qual a medicina nuclear contribui é a Pesquisa do Linfonodo Sentinela. Ela consiste na biópsia cirúrgica do gânglio linfático para onde drena o sítio tumoral, permitindo o estadiamento do câncer de mama.

Seguimento e Estadiamento

A Cintilografia Óssea é um procedimento indicado na avaliação inicial e no seguimento de pacientes com histórico de câncer de mama ou outros tumores. “As vias para disseminação das metástases são a linfática e a sanguínea”, explica Dr. Rodrigo. No segundo caso, os ossos e os pulmões são os tecidos estatisticamente mais afetados por células cancerígenas secundárias ao câncer de mama. A principal vantagem do método é que ele permite uma análise de todo o esqueleto, com alta sensibilidade: “A Cintilografia Óssea possibilita a detecção de metástases osteoblásticas mais precocemente que os exames radiológicos”.

Novidade

Outro aliado na abordagem do câncer de mama e que deve chegar ao Brasil em breve é o Positron Emission Mammography, ou simplesmente PEM. O método utiliza um marcador para estudar a atividade metabólica do tumor. Um radiofármaco composto de Glicose e Flúor Radioativo (F-18) é administrado ao paciente que, então, é submetido ao exame. “Ele será útil na detecção precoce do câncer de mama”, adianta.



Fonte: ParanaShop

Brasil poderá ter megarreator para uso científico em 2016


O Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) planeja construir um novo reator nuclear, que deve custar cerca de R$ 850 milhões. Os recursos para elaboração do projeto -R$ 30 milhões- já foram aprovados pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).
Se o projeto for aprovado, o novo reator deve estar pronto em 2016.


O megainvestimento será feito em Iperó, no interior de São Paulo, numa área de 200 hectares cedida pela Marinha e pelo governo do Estado de São Paulo. O objetivo é criar lá um novo polo de tecnologia nuclear, que deve se desenvolver ao redor do reator. A ideia é que o polo atue na formação de pessoas e auxilie pesquisas, inclusive de usuários não ligados aos institutos da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear, ao qual o Ipen é vinculado).

Apesar de ter a sexta maior reserva de urânio (necessário para a produção dos radioisótopos), o país praticamente não produz radioisótopos. Com exceção do iodo-131, que tem 50% da produção feita no Brasil, os demais são importados de países como Argentina e Israel. Além disso, parte do processamento dos radioisótopos para produção de radiofármacos (moléculas para uso médico ligadas aos elementos) também é feito no exterior.

"Detemos o conhecimento, mas não temos a tecnologia", lamenta o diretor de projetos especiais do instituto, José Augusto Perrota. O maior e mais utilizado dos reatores nacionais, que fica no próprio Ipen, em São Paulo, foi inaugurado em 1958. O novo reator poderá produzir e processar os radioisótopos para atender toda a demanda nacional. "Se usado pela comunidade brasileira como previsto, o reator de Iperó se pagará em menos de 20 anos", diz Perrota.

Para ele, o país não deve se intimidar com os custos. "Não podemos deixar de fazer "big science" (projetos científicos de grande porte, com tecnologia cara)."


Fonte: Portal Vermelho

Risco-benefício da exposição à radiação

Quantos exames radiológicos uma pessoa pode fazer por ano com segurança?

Os médicos relutam em estabelecer um número, porque muitas vezes os benefícios superam os riscos da exposição à radiação. Mas especialistas dão uma ideia do que seria uma margem segura, considerando exames feitos com equipamento bem calibrado e profissionais capacitados. "Uma pessoa que faz até cinco radiografias por ano certamente não corre o risco de radiação excessiva", diz Giovanni Cerri, diretor do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo).

O número serve para adultos e crianças. A máquina é ajustada conforme peso e idade da criança, e a intensidade da radiação é menor. Uma média de cinco exames significa, por exemplo, duas radiografias nos dentes, uma no tórax, uma tomografia no rosto e a mamografia. É suficiente para procedimentos de rotina.

Em algumas doenças, pode ser necessário aumentar muito esse número. Não há limite para a quantidade de radiografias e tomografias que podem ser feitas. Os médicos podem calcular o custo/benefício de submeter o paciente a mais radiação. "A preocupação é não realizar exames radiológicos se não for necessário. A radiação é cumulativa, ou seja, uma dose soma-se à outra, inclusive com as de outras fontes, como a radiação solar", diz Cerri.

Márcio Garcia, coordenador do Centro de Diagnóstico do Hospital Infantil Sabará, concorda que até cinco radiografias por ano é um número totalmente seguro. "Mas isso não quer dizer que, quando é preciso fazer mais exames, a pessoa está em risco", ressalta. O problema é que, atualmente, são feitos muitos exames desnecessários. "Muitos médicos praticam uma medicina defensiva: para evitar possíveis queixas futuras sobre falhas do diagnóstico, já pedem tudo quanto é exame de uma vez", diz Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.

Para Sebastião Tramontin, presidente do Colégio Brasileiro de Radiologia, é uma questão de seguir critérios para indicar o exame. "Em casos de sinusite, só pedimos uma radiografia da face se não foi possível fechar o diagnóstico após um bom exame clínico, por exemplo. Mas se chega uma criança com suspeita de infecção pulmonar, vamos fazer os raios-X", explica Garcia.

Nos problemas ortopédicos, também é difícil prescindir da radiografia. "Mas a tomografia, que emite mais radiação, deve ser reservada só para os casos mais complicados", diz o médico. A ressonância magnética, que não emite radiação, pode ser usada em algumas situações. Mas o exame é bem mais caro e, muitas vezes, exige sedação, especialmente em
crianças.

Perguntas e Respostas

1 Quantos exames posso fazer por ano?
Não há um limite estabelecido. O exame deve ser feito sempre que o médico avaliar que o benefício é superior ao risco.

2 O aparelho deve ser ajustado para crianças?
Sim, sempre. Crianças são dez vezes mais sensíveis à radiação do que os adultos. Exames como a tomografia devem usar dose mínima de radiação para evitar a possibilidade de efeitos tardios, como o câncer.

3 O que pode acontecer se houver dose excessiva?
Efeitos biológicos da radiação foram constatados em casos de alta exposição -por exemplo, após explosão de bomba atômica. Mas não há estudos populacionais dizendo que quem fez mais tomografias tem mais chances de câncer.

4 Quais são os efeitos imediatos de uma overdose?
Perda de cabelo, leucopenia, lesões na pele, anemia e catarata podem acontecer quando a pessoa é exposta a doses muito elevadas de radiação, o que é pouco provável em exames. Só ocorrem se o aparelho estiver muito descalibrado ou o funcionário não seguir protocolos de segurança.

5 O que o paciente pode fazer na hora de se submeter a um exame radiológico?
Observar se há certificado ou selo de qualidade garantindo que o aparelho está calibrado. Exigir por escrito a dose de radiação a que foi submetido. 


 
Fonte: Gazetaweb.com