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quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Detectados níveis de radioatividade potencialmente cancerígenos em Portugal

Uma investigação da Universidade de Trás-os-Montes (UTAD) concluiu que Amarante - Portugal, apresenta níveis de radioatividade natural que pode provocar cancro nos pulmões e outras doenças, revelou hoje à Agência Lusa a sua autora.

Lisa Martins, que apresentou uma tese de mestrado sobre recursos geológicos e desenvolvimento sustentável, explicou que foram detetados valores elevados de radônio, o gás produzido pelo urânio que existe em alguns tipos de granito da zona de Amarante.

A autora referiu que "a exposição a longo prazo" a níveis elevados de radônio pode provocar neoplasias pulmonares, leucemia infantil e, em alguns casos, a aterosclerose.

Fonte: Diário de Notícias(com adaptações).

China avança em direção à independência energética

A China atravessou uma importante etapa tecnológica ao conseguir reutilizar o combustível nuclear em um reator experimental, um processo já praticado por outros países, mas que pode garantir a longo prazo sua independência energética, afirmam especialistas.

A rede de televisão nacional CCTV anunciou na semana passada que o país poderia utilizar suas reservas de urânio durante 3 mil anos, em vez dos 50 a 70 anos previstos até o momento, graças a um experimento bem-sucedido da China National Nuclear Corporation (CNNC).

De fato, esta "conquista tecnológica" foi observada em 21 de dezembro na usina 404 da CNNC, localizada em uma região desértica da longínqua província de Gansu (noroeste), onde engenheiros chineses conseguiram reutilizar combustível em um reator experimental.


"Em um primeiro momento, o reator foi ligado utilizando produtos não radioativos ou levemente radioativos. Depois, passou-se para uma fase de testes ativos com material físsil, radioativo", explicou à AFP um especialista do ocidente em Pequim.

A China, agora, faz parte da "minoria de países" que controlam o ciclo completo do combustível nuclear, comemorou o diretor-geral da CNNC, Sun Qin, citado pela CCTV.
O país possui atualmente 13 reatores nucleares em atividade. Pequim autorizou a construção de mais 34, dos quais 26 estão em obras.

A experiência da CNNC "é uma etapa crucial para resolver o problema de matérias-primas enfrentado pela indústria nuclear, e que já foi superado pelos principais países nucleares", indicou à AFP o diretor do centro de pesquisas sobre economia de energia da Universidade de Xiamen, Lin Boqiang.

A China busca reduzir sua dependência de carvão, que cobre 70% de suas necessidades energéticas, mas suas reservas de urânio são limitadas.

O gigante asiático produz cerca de 750 toneladas de urânio por ano, mas a demanda anual pode elevar-se a 20 mil toneladas até 2020, devido a uma maior utilização da energia nuclear, segundo a imprensa.

Fonte: Google

Justiça obriga indústria nuclear a tratar rejeitos em MG

Em 1,4 mil hectares, o primeiro complexo de extração e concentração de urânio no Brasil se tornou um passivo de grandes proporções. Elefante branco do Programa Nuclear Brasileiro, a unidade de tratamento de minério (UTM) das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), na zona rural de Caldas (MG), está na mira da Justiça. Desativada há 15 anos, sua operação de descomissionamento não foi iniciada, gerando temor de contaminação.

De 1982 a 1995, a UTM de Caldas produziu 1,2 mil toneladas de concentrado de urânio, o chamado yellowcake (U3O8), que abasteceu a usina de Angra 1. Atualmente, a antiga mina a céu aberto deu lugar a um enorme lago de águas ácidas, que se formou na cava de cerca de 180 metros de profundidade e 1,2 mil metros de diâmetro. O complexo armazena todo o parque industrial desativado, bacia de rejeitos e depósitos de armazenamento de materiais radioativos - aproximadamente 11 mil toneladas de torta 2 (concentrado de urânio e tório) e outras milhares de toneladas de mesotório -, que foram transferidos há duas décadas da Usina de Santo Amaro (SP) para a unidade.

A indefinição em relação ao acondicionamento dos rejeitos e materiais e o receio de riscos para o meio ambiente no entorno embasaram uma investida judicial contra a INB - antiga Nuclebrás, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e responsável pela cadeia produtiva do urânio no País. Atendendo a um pedido do Ministério Público Estadual, o juiz Edson Zampar Jr., da Comarca de Caldas, concedeu em meados de outubro liminar obrigando a INB a adotar medidas de segurança para o tratamento de rejeitos nucleares resultantes da extração de urânio e o armazenamento adequado do material radioativo vindo de São Paulo. O juiz estipulou prazo de 90 dias para o cumprimento das determinações da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e multas milionárias no caso de descumprimento.

O promotor José Eduardo de Souza Lima afirma que não são conhecidos os riscos de contaminação do lençol freático e demais recursos hídricos pelos materiais lançados na bacia de rejeitos. Ofícios de inspeções da CNEN e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), feitas em 2008, relatam a existência de recipientes corroídos, entre 40 mil tambores metálicos e bombonas; falta de manutenção dos pallets que as sustentavam e material radioativo derramado no chão, além de problemas no sistema de isolamento dos galpões de armazenamento, em precárias condições. O superintendente de Produção Mineral da INB, Adriano Maciel Tavares, garante que o material radioativo se encontra em local seguro e monitorado, não havendo risco de contaminação. 


Fonte: ESTADÃO.COM.BR